A Babilônia, capital da antiga Suméria, localizava-se na Mesopotâmia, região hoje ocupada pelo Iraque.
Nela teria sido erigida a famosa Torre de Babel.
Mais especificamente, situava-se na região entre os rios Tigre e Eufrates.
Eram bastante avançados em Astrologia e Astronomia.
Possuíam observatórios astronômicos, nos quais registraram durante muitos anos as posições dos planetas e principais estrelas em tabelas. Graças a esse volume de dados, eles foram mesmo capazes de prever eclipses.
Foram os criadores do Zodíaco, com as constelações que conhecemos.
Criaram o sistema sexagesimal que utilizamos até hoje para os ângulos e as horas.
Usavam um sistema numeral posicional e utilizavam tabelas de cálculo.
Conheciam o número ¶, para o qual, utilizavam a aproximação 3+1/8=3,125
O antigo Egito, terra das pirâmides, localizava-se, como até hoje, no norte da África.
Uma das primeiras grandes civilizações, ficou eternizada pela construção das Pirâmides e da Esfinge.
Um dos fatores de estabilidade e progresso da civilização egípcia foi sua adaptação às cheias periódicas do Rio Nilo que garantiram excedentes de colheitas agrícolas, permitindo intercâmbio comercial e, consequentemente riqueza monetária e cultural.
Apesar do pouco uso do ferro, em parte explicável por sua agricultura relativamente fácil, que não demandava implementos agrícolas, dominaram o uso do granito e já conheciam a fabricação do vidro desde 1500 a.C.
Vale lembrar que a sua Biblioteca de Alexandria, fundada por Ptolomeu II no sec. III a.C. e destruída 1.500 anos depois por Teófilo I, patriarca (uma espécie de papa da Igreja Ortodoxa) de Alexandria, contava com cerca de 1 milhão de pergaminhos! Sobre ela, Carl Sagan dizia que "Este lugar foi, em tempos, o cérebro e a glória da mais importante cidade do planeta, o primeiro instituto de investigação da história do mundo".
Vale também mencionar, novamente,:
Por outro lado, o Egito é considerado o berço lendário da Alquimia, já que pode derivar etmologicamente do árabe al-Khem, a partir do antigo nome do Egito.
Há, no entanto, algumas questões abertas na História da Ciência, tais como
As supostas ilustrações de ‘lâmpadas’ no interior do Templo de Dendera, no Egito, por isso conhecidas como lâmpadas de Dendera. No entanto, Frank Dörnenburg (2004) analisou e desmentiu essa possibilidade.
O pássaro de Saqqara é um objeto de madeira com forma de pássaro descoberto em 1898 num túmulo na cidade de Saqqara, no Egito. Alguns autores consideram que, em vez de ser um objeto ritual ou um brinquedo, ele seja uma maquete ou modelo de aeroplano (!).
No entanto, testes efetuados por Martin Gregorie (2002), veterano de competições internacionais de aeromodelos, indicaram que ele não tem qualidades aerodinâmicas para tal.
A bateria de Bagdá é um vaso de argila, contendo uma barra de ferro dentro de um cilindro de cobre, tudo lacrado hermeticamente com betume e com sinais de ter sido preenchido com vinagre, descobertos em 1936 numa vila próxima à cidade de Badgá, no atual Iraque.
Embora sua construção relembre uma moderna bateria e testes efetuados tenham mostrado que ela poderia ter sido usada como uma bateria, não há provas de que efetivamente tenha sido usada como uma bateria (FROOD, 2003).
A Máquina de Anticítera é um complexo dispositivo em bronze encontrado fragmentado em 1901 na costa da ilha grega de Anticítera, próximo a Creta.
Análises posteriores mostraram tratar-se de um computador analógico astronômico construído por volta do séc. 2 a.C. composto por cerca de 30 engrenagens, algumas delas engrenagens diferenciais que se supunham ter sido inventadas apenas no séc. XVI, com um nível de complexidade e miniaturização equivalente a um relógio do século XVIII. (FAPESP, 2006)
Veja aqui uma animação em Java desta máquina
Já discutimos alguns aspectos da Ciência chinesa numa seção anterior.
Os gregos eram grandes indagadores.
Até o séc. VII a. C., buscavam o conhecimento no mito, principalmente em Homero e Hesíodo, como também já mencionamos antes.
Com o comércio com outros povos, no entanto, os gregos se apercebem que os mitos não são universais e que seu conhecimento de senso comum era inadequado, pois era incompatível com o de outros povos.
Sentiram, então, a necessidade do conhecimento obtido pela razão, o qual deve verificável e, portanto, universal.
Os primeiros filósofos dedicavam-se a um conjunto de indagações, tais como
mas sem uma preocupação maior com o conhecimento enquanto conhecimento, partindo da pressuposição de que se pode conhecer o Ser.
Para os gregos, a Criação consistia numa imposição de ordem num Caos primordial. Buscavam, portanto, a ordenação de princípios fundamentais que regulam todos os objetos e ações da Natureza (Leis?), tinham grande preocupação com a Ordem, o que se reflete em sua arquitetura.
Buscavam uma unidade, um princípio universal, a partir do qual se tinha formado toda a matéria do Universo.
Conforme dito numa seção anterior, Tales era Fenício por parte de mãe (isto é, asiático) e estudou no Egito, antes de começar a enunciar seus pensamentos na Grécia. (EMEAGWALI, 1989)
Diz uma lenda que um dia, andava olhando para o céu, caiu num buraco e, por isso, foi ridicularizado por ser incapaz de coisas práticas. Diz, também, a lenda que tendo previsto uma grande safra de azeitonas para o ano seguinte, arrendou todos os lagares de azeite da região e, com isso, ficou rico, provando que seu conhecimento tinha aplicações práticas.
Segundo outra lenda, certa vez, Tales conseguiu dissuadir os medos e os lídios de uma guerra, dizendo-lhes que Zeus não queria a guerra e que escureceria os céus para mostrar o seu descontentamento. Os babilônicos conheciam o Ciclo de Saros: os eclipses do sol e da lua tendem a repetir-se a cada 223 meses lunares. Tales sabia de um eclipse havido no Egito no ano 603 a.C. e pode aplicar esse ciclo a ele. O céu realmente escureceu e não houve guerra. Tal como outros depois dele, Tales sabia que conhecimento é poder.
É bem conhecido o teorema das paralelas, conhecido como Teorema de Tales, com que teria medido a altura das pirâmides, aliás, num argumento para sua estada no Egito.
Tales foi o primeiro filósofo grego a buscar uma explicação naturalística para o mundo, abandonando os mitos, rejeitando a tradição pela inquirição, uma pesquisa ordenada dos fatos e razões lógicas, uma investigação, por assim dizer, 'científica'.
Para Tales, o princípio universal era a água, possivelmente porque se manifesta nos três estados da matéria e porque a umidade é essencial à vida. É possível, também, supor aí uma possível influência da sua estada do Egito, onde pode ter tido contato com o Enuma elish e com os escritos sobre Toth, que, como visto na seção anterior, sugerem a criação do mundo a partir de uma umidade.
Heráclito entendia a realidade do mundo como um "fluxo perpétuo" de mudança dos seres; acreditava na harmonia dos contrários, que não se cansam de se transformar uns nos outros, tal como no conceito do yin-yang chinês.
Para ele, o Universo é uma eterna transformação. Tal como tantos autores de auto-ajuda de hoje, dizia que "a única coisa que não muda é a mudança".
Considerava que o princípio universal era o fogo.
Parmênides acreditava também que somente se poderia pensar sobre aquilo que permanece sempre igual; para ele, conhecer é alcançar o idêntico, o imutável. Neste ponto, opõe-se a Heráclito, para quem não havia nada imutável.
Por outro lado, acreditava, também, que o mundo sensível, que podemos perceber com nossos sentidos, é ilusório e que, portanto, não se pode confiar no que se vê.
Assim, essa teoria explicaria vários fenômenos
Demócrito acreditava que somente o pensamento pode conhecer os átomos, invisíveis às percepções sensoriais, estabelecendo uma diferença entre o que se conhece peia percepção e o que se conhece pelo pensamento.
Os sofistas concluíram que, embora não se possa conhecer o Ser, pode-se ter opiniões sobre a realidade, logo, para eles, a verdade seria uma questão de opinião e de persuasão sendo a linguagem mais importante do que a percepção e o pensamento.
Rejeitavam, com isso, a busca de um princípio universal.
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